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Respirando e Operando

Respirando e Operando

O ano de 2020 começou de forma complicada para a economia mundial. Muitas empresas sentem, já há algum tempo os efeitos da pandemia do novo coronavírus. E mesmo que esta não seja a primeira vez em que uma crise afete os negócios mundiais em larga escala, é momento de se reinventar, colocar as ideias em congruência e seguir operando da melhor forma possível.

Entender o que acontece durante uma crise é essencial para saber como superá-la, e é isso que diferencia uma empresa da outra: o poder de se adequar as diferentes situações e ambientes, com a dificuldade que ela exigir.

O setor industrial, há algum tempo, sofreu com determinadas debilidades, mas recentemente emergia se recuperando com agilidade e inteligência. A pandemia do Covid-19 surpreendeu a área e as atividades acabaram sendo afetadas. Apesar de todos esses pontos, o esforço para manter empregos e atender às novas demandas que surgiram seguem mais fortes do que nunca.

Em palavras concretas, a indústria tem uma importância gigante para a economia nacional. Somente a atividade de uma fábrica em si já representa um grande desdobramento em diversas outras empresas e prestadoras de serviços, da mesma forma com que cada emprego gerado pelo setor acaba gerando uma cadeia de outros empregos indiretamente.

Como dito anteriormente, apesar da área industrial já vir de uma recente luta contra dificuldades acometidas por uma série de fatores que comprometem sua competitividade, a força e a importância do ramo são inegáveis, assim como seu poder de reinvenção.

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O poder público e as medidas emergenciais durante a pandemia

Tanto a nível local quanto a nível federal, o governo brasileiro tem agido em duas frentes com o objetivo de minimizar os efeitos do coronavírus. Apesar da ação ser realizada dessa forma, ambas as frentes tendem a se complementar, gerando os impactos desejados pelo órgão público.

Por um lado, existem os esforços dentro da área de saúde pública, que visam combater o vírus em si e sua disseminação, com medidas de atendimento a pacientes, restrições quanto ao isolamento social, entre outras medidas adotadas.

Em outra frente, existem as medidas econômicas que tentam dar suporte à população e aos negócios nacionais, a fim de manter a economia aquecida. Tais medidas vão da geração de subsídios à auxílio financeiro pessoal, etc.

As duas frentes tendem a afetar todas as áreas empresariais de formas diferentes.

Afinal, como a indústria deve agir em épocas como essa?

Em épocas de dificuldades impostas por agentes externos. que tendem a demorar a passar, é preciso traçar uma estratégia específica de atuação com o propósito de se manter atuante e consolidado dentro do mercado e captar a melhor e mais impactante forma de reinvenção, com o objetivo de seguir respirando e operando.

Estratégia de precificação: Em momentos onde as dificuldades não são tão generalizadas, erros mínimos no quesito da precificação passam despercebidos sem gerar questionamentos por parte de clientes e não ocasionam quedas consideráveis quanto a vendas.

Contudo, quando nos vemos diante de uma crise global instalada, como a do coronavírus, o receio e o conservadorismo quanto a despesas e investimentos se instala por completo. E, nesse ponto, erros básicos no quesito precificação podem ter sérias consequências.

É o caso, por exemplo, quando o produto de um negócio é um sistema com alguns módulos e vendido somente em pacote completo com valor fixo. Dessa forma, a empresa pode perder em vendas, quando o cenário se depara com diversos potenciais clientes que precisam de apenas um módulo específico e não pretendem contratar algo que será subutilizado.

Em casos como esse, a precificação exerce um importante papel, devendo ser feita por módulo, com ajuste do produto para a venda compartimentada. Já para a contratação do pacote completo devem ser concedidas condições singulares.

Estabelecer clientes não afetados: A crise afeta empresas e pessoas de uma formal geral, porém sempre há aqueles que não sentem por completo os efeitos de uma recessão e seguem operando. Isso se dá, em uma parcela das vezes, devido as características do ramo de atuação, domínio financeiro ou parcerias estratégicas.

Podem ser citados como exemplo os supermercados, que conseguiram seguir operando mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, pelo fato de serem considerados empresas de serviços essenciais.

Da mesma forma, em meio a um momento no qual a falência de muitos negócios é uma realidade, determinadas redes de supermercados aumentaram consideravelmente suas equipes.

Portanto, para um negócio B2B, por exemplo, é uma boa alternativa focar em supermercados ou em empresas que fazem parte das suas cadeias de suprimentos, como indústrias e atacados, como potenciais clientes.

Plataformas nacionais e estrangeiras: Muitas empresas brasileiras optam por utilizar serviços tecnológicos importados para seguir operando, realizando o pagamento com a moeda estrangeira. O dólar, por exemplo, é mais valorizado perante o real, e chegando a picos de valorização, essas despesas podem se tornar pesadas.

Em casos assim, o responsável pela área deve verificar se não existe a possibilidade de nacionalizar o serviço em questão, ou seja, investir em um serviço similar ao utilizado no país em questão, e cobrado em real. Isso dinamiza a produção, reduz custos e torna a rotatividade de informações maior e mais clara.

Entretanto, uma ação com o objetivo de ajudar um negócio a seguir operando e superar uma crise pode também seguir o caminho inverso, como é o caso de softwares e produtos de tecnologia que nascem e se popularizam nos Estados Unidos e/ou na Europa, que podem apresentar preços mais acessíveis se obtidos na moeda local.

Aproveitar as oportunidades: É fato que todas as crises instalam um clima de tensão e acabam direcionando os cuidados de forma prioritária, a fim de reduzir custos e manter o número de vendas para seguir operando. Sendo assim, boas oportunidades podem passar despercebidas e ser ignoradas simplesmente pelo fato da preocupação estar por completo em questões relacionadas a caixa e despesas.

Em ocasiões assim, oportunidades simples como por exemplo compras e contratações a valores mais acessíveis e estratégias específicas de vendas surgem e não podem ser ignoradas.

Custo-benefício: Empresas que trabalham com duas ou mais soluções para determinados aspectos de sua produção e venda, geralmente possuem diferentes margens de lucro.

Sendo assim, é de mais valia priorizar as margens de lucro maiores e, caso esteja ao alcance, concentrar nisso os esforços quanto aos investimentos em produtos ou serviços mais rentáveis.

Outro ponto a ser levado em conta são que as soluções apresentadas devem acontecer no tempo em que devem acontecer, ou seja, cada uma delas possui uma demanda e uma estratégia para ser colocada em prática. Em teoria, soluções mais complexas necessitam de mais tempo para serem estabelecidas e praticadas. Operando corretamente, os resultados tendem a ser melhores.

Diante desse cenário, a prioridade pode ser dada, por exemplo, ao que é vendido mais rapidamente com o objetivo de garantir entradas no caixa e lucro recorrente.

Modernização dos processos: Com a pandemia do novo coronavírus instalada, nos vimos em um cenário onde os atendimentos e reuniões presenciais foram substituídos por encontros online via vídeo. Isso ocorre sem perda de qualidade do trabalho e mantém às expectativas do cliente quanto ao atendimento, gerando uma economia de tempo e dinheiro em pontos como deslocamentos, uso de serviços de transporte, estacionamento de veículo próprio e outras necessidades locomotivas.

Quando falamos do Covid-19, essas medidas passaram a ser adotadas nos mais diversos tipos de negócios, podendo se tornar uma cultura a ser mantida a longo prazo, mesmo depois da normalização global.

Esta é uma modernização, em determinados casos, necessária para a proteção pontual das pessoas, atualmente, mas que futuramente servirá para gerar economia em seu uso diário e durante possíveis outras crises.

No quesito automação, tais medidas tendem a suprir necessidades e executar tarefas que somente seriam realizadas por um conjunto de duas ou mais pessoas. De uma forma geral, essas ferramentas custam bem menos do que o que seria pago em salários e encargos trabalhistas.

Despesas redundantes: No caso de negócios que utilizam um ERP, por exemplo, este não precisa manter ao mesmo tempo um emissor de notas fiscais, assim como um gerenciador financeiro. Ambas as funcionalidades estão, via de regra, inclusas em módulos de ERPs, mesmo nos mais simples.

Realizando a revisão de saídas do fluxo de caixa, contratos, faturas pagas e notas fiscais recebidas podem ser detectados gastos não justificáveis e que se tornam desnecessários a partir de uma ágil reorganização.

Marketing: Chega a ser contraditório, em alguns casos, investir em marketing em uma época em que trabalhar com o dinheiro do caixa deve ser feito cuidadosamente, porém é notável o retorno que ações direcionadas a essa área acrescentam, o que torna o investimento justificável.

Para conseguir superar uma crise é preciso foco no mantimento das vendas e, caso seja possível, aumentá-las de forma gradativa. Este é o principal objetivo de uma boa estratégia de marketing.

Aliás, tal estratégia pode ocorrer não somente pelas ações de uma forma geral, mas também pelo fato de que a empresa tende a se destacar e ter mais visibilidade justamente por ir na contramão da concorrência, apostando nesse tipo de estratégia, enquanto seus adversários de mercado reduzem ou eliminam temporariamente os investimentos em marketing para enxugar a estrutura de custos.

A importância de uma boa equipe: Não são só em momentos assim em que devemos tratar cada membro da equipe como parte crucial da empresa. Não cabe somente ao proprietário ou sócio da empresa o poder de inovar e planejar ações que permitam superar a crise. São os funcionários, muitas vezes, que lidam dia após dia com as operações e processos de toda a empresa, inclusive os da área de marketing, e são eles que podem ajudar a dar feedbacks que favoreçam o serviço da gestão.

A melhor forma de trabalhar isso, é delegar ao líder dessa equipe a função de solicitar que todas essas pessoas exponham suas ideias e percepções sobre a empresa e o cenário em que ela está imersa, motivando-os a participarem do planejamento.

Ações de médio e longo prazo: Toda crise tende a demorar um tempo considerável para ser superada. Sendo assim, ter em mãos um planejamento que mantenha as ações em prática por um curto período de tempo não é o ideal e, possivelmente, não surtirá os efeitos desejados.

Enquanto o cenário se manter e a normalidade não se estabelecer, é preciso que todos os envolvidos sigam um plano específico de contingência. E o que for importante para qualquer momento, deve ser mantido integralmente no futuro.

Uma hora o mercado sempre volta ao normal, e é aí que o negócio deve focar no crescimento a nível escalável, o que ajuda, inclusive, a se manter menos vulnerável caso houver outro período de dificuldade.

Transformações forçadas são inegavelmente enriquecedoras para aqueles que sabem aproveitar e seguir operando

Períodos como esse, onde o caos se torna facilmente alcançável, manter os pés no chão e o espírito de reinvenção é o que permite que as empresas sigam respirando e operando.

São em momentos assim, onde não é a separação dos fortes e dos fracos que conta, mas sim a distinção entre os inteligentes e os que desistem de procurar. A solução pode não estar ao alcance de todos, mas ela sempre está ali, esperando para se justificar para aqueles que conseguem alcançá-la.

Não é fácil, muito pelo contrário, é um trabalho árduo e que, como no caso atual, aparece quando não estamos preparados. Porém é isso que cria verdadeiras empresas referência, que por mais que estejam abaladas diante de um cenário pandêmico, buscam incansavelmente alternativas para manter sua saúde financeira, os laços com a sua equipe e a integração com o mercado.

A certeza que fica é que essa crise mudará por completo a forma de trabalhar que existe atualmente. De um outro ponto de vista, também deixa a dúvida de como poderemos nos reinventar agora e seguirmos desta forma no futuro. Ao final dessa época conturbada, o ideal é que haja nas pessoas a incorporação de que diversos serviços devem ser realizados com o apoio de estratégias especiais e tecnológicas e que isso não é um problema e nem motivo para insegurança, pelo contrário, deixaremos de gastar tempo com outras tarefas desnecessárias e ganharemos em experiência e poder de superação.

Nos vemos atualmente quebrando paradigmas e ganhando a oportunidade de consolidar modelos inovadores de negócio para seguir operando, além das novas formas de executar procedimentos e necessidades. Quando essa transformação forçada de hábitos se encerrar, não só as empresas como também os profissionais que fizeram parte de toda a caminhada, ressurgirão transformados e completamente preparados para uma nova perspectiva de trabalho, onde o futuro está na palma de suas mãos.

A Vemax segue respirando e operando com suas metas estrategicamente traçadas e pronta para se adequar ao futuro que nos espera.

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