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Gerenciando os tempos na produção industrial - Vemax
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Gerenciando os tempos na produção industrial

Gerenciando os tempos na produção industrial

Quando estamos envolvidos com a gestão da produção em uma fábrica, é preciso estar sempre atento aos “tempos” demandados.

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Realizar o gerenciamento do tempo e dos prazos é de suma importância em qualquer atividade. E na gestão da produção industrial não é diferente.

Geralmente, os tempos tem papel relevante para o êxito dos processos e, sendo assim, na grande maioria dos casos, necessita de cuidados constantes relacionados diretamente a gestão. E isso vai desde o planejamento da operação até a entrega final dos produtos.

Todo esse processo requer disciplina e um controle extremamente eficiente, para permitir corrigir eventuais desvios e problemas com prazos, com o objetivo de impedir que o acúmulo de atrasos se tornem graves e, muitas vezes, irreversíveis no decorrer da execução dos processos industriais, o que acaba afetando a competitividade da empresa.

Para isso, é preciso conhecer a fundo cada um dos principais tempos que devem ser monitorados pelos responsáveis pelo gerenciamento da produção. Tais como: o tempo de atendimento, de atravessamento, de ciclo, de espera, de fabricação, de mão-de-obra, de máquina, tempo padrão, tempos predeterminados, de setup, de execução e takt.

Os tempos da produção industrial

  • Tempo de atendimento

O Tempo de Atendimento é o tempo transcorrido entre a data de recebimento de um pedido de um cliente e o despacho do pedido no setor de expedição da empresa, o que inclui todos os pormenores envolvidos entre esses setores e os demais envolvidos no processo.

  • Tempo de atravessamento

O Tempo de Atravessamento é o tempo decorrido a partir do momento em que uma matéria-prima chega na empresa e o momento em que esta matéria-prima chega no depósito incorporada em um produto acabado.

  • Tempo de ciclo

O Tempo de Ciclo, ou Cycle Time, é o tempo necessário para a fabricação de uma peça, ou seja, o tempo transcorrido entre o início e o fim da operação.

Para uma máquina ou célula de produção, representa o tempo de saída de peças consecutivas. É o tempo definido pela mais longa das operações.  Muitas vezes, o tempo de ciclo é confundido com o lead time, no entanto eles são tempos diferentes.

É necessário considerar que cada posto de trabalho ou cada máquina possuem tempos de operação diferentes: enquando uma máquina pode demorar 2 minutos para executar uma peça, uma outra pode demorar 3 minutos e a seguinte demorar apenas 1 minuto. Dessa forma, o tempo de ciclo não é a somatória dos tempos e nem os tempos de forma individual; o tempo de ciclo será o tempo de execução da operação ou operações no posto de trabalho ou na máquina que forem mais lentos.

No sistema de produção OPT são conhecidos como “recurso gargalo” e “recurso não gargalo”.

Desta forma, o tempo de ciclo é um fator limitante para o takt time (sobre o qual falaremos adiante), ou seja, o tempo de ciclo é determinado pelo recurso gargalo e não pelo ritmo da linha em função do tempo disponível e da demanda diária.

Assim sendo, podemos dizer que o tempo da linha será sempre limitado pela capacidade (tempo de ciclo) ou pela demanda (takt time).

  • Tempo de espera

O Tempo de Espera, ou Waiting Time, são todos os tempos improdutivos, ou seja, aqueles que não acrescentam valor a produtos ou serviços, como por exemplo as avarias e o armazenamento.

  • Tempo de fabricação

O Tempo de Fabricação é o tempo padrão assumido como necessário e adequado, para que uma operação de fabricação seja realizada. A soma de todos os tempos de fabricação define o tempo total necessário para que cada produto seja fabricado.

É a referência para se determinar à performance da operação.

  • Tempo de mão de obra

O Tempo de Mão de Obra, ou Labor Time, é o tempo que o(s) empregado(s) leva(m) para realizar(em) determinada operação ou etapa do roteiro de produção do produto.

  • Tempo de máquina

O Tempo de Máquina, ou Machine Time, é o tempo que uma máquina demanda para realizar alguma operação ou etapa do roteiro de produção.

  • Tempo padrão

O Tempo Padrão é o tempo de referência para a execução de uma dada tarefa, produto ou serviço.

Refere-se a um tempo obtido junto de um operário normal a trabalhar a um ritmo normal e em condições de trabalho bem definidas.

Não se trata do tempo mínimo, mas sim do tempo normal (deve ser calculado pelo departamento de engenharia de processos).

  • Tempos predeterminados

Os Tempos Predeterminados, ou MTM, é o sistema que predetermina tempos de movimentos padrões, pela classificação dos movimentos de cada operação, criando um padrão de acordo com a natureza de cada movimento e das condições em que estes movimentos são realizados.

  • Tempo de setup

O Tempo de Setup, ou Setup Time, é o tempo de preparação, ou seja, o tempo transcorrido entre a produção da última peça boa de um produto A e a produção da primeira peça boa de um produto B quando em um determinado equipamento efetua-se a troca de ferramentas para deixar de fabricar o produto A e passar a fabricar o produto B.

Em termos mais simples, é o período em que a produção é interrompida para que os equipamentos sejam ajustados ou reconfigurados para entrada de novos produtos na linha de produção, ou para preparo e troca de ferramentas usadas na produção.

Esse tempo ocorre durante vários estágios da produção, para aperfeiçoar a produção aumentando os lucros, por isso mesmo é muito importante que seja feito sempre que necessário.

Ele é contado desde a saída da última peça do equipamento antes do setup, até a saída da primeira peça depois do setup.

  • Tempo de troca

O Tempo de Troca é o tempo decorrido entre a última peça boa, de um lote/corrida de produção, e a peça aprovada, do próximo lote/corrida de produção.

  • Tempo de execução

O Tempo de Execução, ou Lead Time, é o tempo necessário para realizar uma dada tarefa, trabalho, produto ou serviço. É um tempo composto pelo tempo útil (tempo de processamento) e o tempo não produtivo (avarias, armazenamento, transportes e setups).

A partir do momento em que uma empresa adota técnicas administrativas para melhorar a produtividade (como kanban e poka-yoke, por exemplo), ela deve se dedicar a reduzir o tempo de aprovisionamento ou de entrega. Por isso, o conceito se constitui em uma peça fundamental no bom atendimento aos clientes.

Calcular o lead time significa conhecer o intervalo exato entre o recebimento de um pedido e a entrega dele ao cliente.

*Em breve ensinaremos como realizar o cálculo do lead time.

  • Tempo Takt

O Tempo Takt, ou só Takt Time, corresponde ao ritmo de produção necessário para atender a demanda, ou seja, o tempo de produção disponível dividido pelo número de unidades a serem produzidas em função da demanda. Portanto, é o tempo disponível para a produção dividido pela demanda de mercado.

O Takt Time tem estreita relação com a qualidade, pois as instruções de trabalho são elaboradas de tal forma que compreenda a solução imediata de defeitos que ocorram em processo.

Caso o tempo de conserto seja superior ao Takt Time, o produto é retirado da linha e retrabalhado ou verificado em um posto “scrap”. Estas rupturas necessitam ser estudadas para serem melhoradas (ou minimizadas) a fim de criar um fluxo homogêneo e contínuo de fabricação.

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