Considerando-se o cenário econômico atual, com a taxa de câmbio acima de R$ 5,00, com previsão de permanência neste patamar pelos próximos anos, e também a capacitação técnica de várias empresas aqui localizadas, que utilizam equipamentos, processos e sistemas de garantia de qualidade globais de fabricação, a nacionalização de peças, conjuntos e produtos, e uma necessidade fundamental para a obtenção ou preservação da competitividade e até sobrevivência no mercado.
A nacionalização de peças é o procedimento onde uma empresa contrata um fabricante dentro do território nacional para ficar responsável pela fabricação de sua demanda de peças.
Muitas empresas possuem grande dependência de peças importadas, contudo essa demanda necessita de muito tempo desde a produção até a chegada. Dessa forma, nacionalizar tais peças torna-se uma alternativa para ganhar em agilidade e praticidade produtiva.
Com essa ação, a empresa que realiza a contratação economiza com custos de taxa de importação e de retirada, além das variações cambiais das moedas internacionais, tornando assim a rentabilidade do produto final o mais maximizada possível.
A dinâmica da nacionalização de peças acontece de acordo com um modelo base de produção, seja ele a própria peça importada ou um projeto que possibilita o acesso aos padrões de fabricação da peça ou componente em questão.
Com esses materiais em mãos e os processos de produção devidamente definidos, é possível moldar vários tipos de matérias primas com o objetivo de obter a peça desejada.
As vantagens da nacionalização de peças
Uma empresa que opta por nacionalizar peças importadas ganha mais agilidade e menos burocracia na reposição dessas peças, além de realizar o pagamento com a moeda local, evitando a aplicação da flutuação de câmbio.
Sendo assim, a nacionalização de peças possui inúmeras vantagens, mas que exigem um planejamento estratégico de gastos com reposição e manutenção de equipamentos. Sendo tudo isso feito corretamente, as perdas produtivas são reduzidas e a demanda de quantidade de peças de reposição em estoque se torna menor.
Uma empresa que depende de fornecedores internacionais tem todo o seu planejamento produtivo comprometido, pois perde em independência, ponto em que a nacionalização apresenta seu aspecto crucial: a autonomia das empresas no controle de sua produção.
Além disso, nacionalizar peças é uma forma de obter produtos com uma qualidade superior, com gastos baixos em sua confecção, facilitando a produção em larga escala.
É possível ganhar também no campo relacionado ao contato com o fabricante e no controle do produto final, uma vez que a distância entre a empresa contratante e a empresa contratada é menor e a troca de informações entre ambas é mais clara e objetiva.
Obstáculos como atrasos, desentendimentos e retrabalhos são minimizados e melhorias como análise e transformação do produto e velocidade de entrega são maximizados.
Portanto, caso uma empresa se veja investindo altos valores em importação, a nacionalização é uma opção para garantir a fabricação dessas peças no Brasil.
Resumidamente, nacionalizar peças significa produzir localmente e qualitativamente vários componentes em larga escala a partir de uma determinada matéria prima, com um custo de fabricação reduzido se comparado ao de uma importação.
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